quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tenetehar Wa Wira 'O Haw

Programação:


Dia  20 de outubro:


14h
Aula de Tupi-Guarani
Ze'egté: A língua do povo Guajajara

15:30h
Exposição digital de fotografias

16h
Canto de entrada na tocaia
Oficina de pintura corporal

17h
Exposição dinâmica de Tear: A arte do trançado Guajajara

17:30h
Canto dos Povos



Dia 21 de outubro:

14h
Debate - Wazayw: O Conflito

16h
Palestra - Kuzàguer Wà: O trabalho da mulher guajajara 

16:20h
Oficina de arte e artesanato

17:30h
Canto dos Povos



Nos dias 27 e 28 de outubro os Tenetehara-Guajajara apresentam Ma'é Wira'o Haw


Dia 27 de outubro: 

16h
A saída da tocaia: Os pajés apresentam as meninas e batem forte o maracá.

Dia 28 de outubro:

5h
O canto da manhã

7h
As meninas servem o Ma'ake'e Muapuapirer

8h
O canto de encerramento









domingo, 1 de julho de 2012

Pesquisa sobre o que o brasileiro entendeu da Rio+20



Depois do  post: Rio+20: Um Carnaval Formal, tivemos a confirmação de que poucos brasileiros entenderam o que foi esta mega conferência. Confira os slides que apresentam os resultados de uma pesquisa da Hello Research.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Rio+20: Um Carnaval Formal


   A Rio+20 acabou. E aí? Foi bom pra você? 














   
   Me desculpem, mas um evento que visa estudar novas formas de solucionar velhos problemas não pode ser tratado ou entendido como uma mera enxurrada de informações, debates e fóruns. Quanta gente falando ao mesmo tempo em lugares diferentes! Pra onde olhar? Quem ouvir? Onde estou? Após perceber que o fluxo de pensamentos de muitas pessoas que estavam na correria da Rio+20 chegou ao extremo da violência mental, tive a convicção de que mega eventos não são a melhor forma de resolver mega problemas. 

   Seria humanamente impossível para a imprensa cobrir todo o evento, assim como para a sociedade civil tirar proveito da maior parte dos debates, e se instruir melhor sobre os reais problemas ambientais que nos rodeiam. Enfim, este foi um evento que não respeitou-se, não respeitou as complexidades e gravidade de cada problemática debatida nas reuniões. A conferência da ONU começou e terminou sem que a maior parte dos brasileiros tivesse entendido alguma coisa sobre o evento. Mas, independente de entendermos ou não, verdadeiros blocos carnavalescos se manifestaram em prol da alegria, vazia de consciência, dos visitantes da cúpula dos povos. Que beleza!

    O número de assuntos tratados em tão pouco tempo é inacreditável! Passeamos entre questões agrárias, apresentação de novas políticas públicas de combate à miséria, demarcação de terras indígenas, emissão global de gases poluentes, políticas de investimento em educação e saúde, entre uma infinidade de assuntos que foram discutidos e, acredito, não devidamente analisados. Deveríamos passar o resto do ano digerindo as falas, propostas e projetos apresentados durante esses dias.  

  A pauta que a equipe do blog acompanhou mais de perto foi a das questões indígenas, que foram fragmentadas e esvaziadas de importância pelos chefes de estado e organizadores do evento. Enquanto lideranças de diversas etnias preparavam um documento na Cúpula dos Povos, a saúde indígena era discutida na Fundação Oswaldo Cruz. Bem distante não? No segundo dia de evento a organização da Cúpula marcou, longe da tenda que abordava a temática dos povos nativos, no mesmo horário e espaço, um debate sobre gestão de terras indígenas e um debate sobre educação pública do sindicato dos professores. O resultado foi um debate no mesmo espaço mesclando os assuntos, mas que nenhum líder indígena pode assistir, a não ser os que estavam na mesa da discussão. 

   Infelizmente esta conferência das Nações Unidas não trará grandes avanços para a maioria das causas abordada nas suas plenárias. Mas temos certeza de uma coisa, independente da falta de foco, de maus tratos por parte da gestão do evento, do financiamento negociado e perigoso da FUNAI, os nossos parentes  indígenas se encontraram. Um indígena do extremo sul do país pode olhar no fundo dos olhos do parente do mais alto norte desta nação, puderam se reconhecer como irmãos. E nós do Cacique Blog temos certeza que o encontro indígena desorganizado, na cúpula dos povos, promoveu laços afetivos e parcerias entre lideranças, nunca antes estabelecidas. Certamente foi um avanço motivador para todo o movimento indígena deste país.

   Focamos apenas em aspectos de organização, e propósito do evento. Mas existem questões muito sérias e desumanas que podem ser vistas no vídeo que está neste post A FARSA DA RIO+20, no blog Um Lugar Escuro.

Equipe Cacique Blog
Autor do texto: Diego Seguro (Kwarahy)





quarta-feira, 27 de junho de 2012

Atitude de Cacique!

   Estamos em uma época onde a juventude desfruta o gozo do consumo da vida, quase tudo pode ser comprado. E o que não pode ser comprado a gente finge que não existe. 


    Infelizmente, ou felizmente, já nem sei, a nossa Amazônia não é um ponto turístico, não fica na cidade grande e não pode ser consumida com vodka ou receber uma festa de música eletrônica. Imaginem: #SelvaAmazôniaEletroFestival! Vou patentear isso depois, certamente.
   
   Deixando a brincadeira de lado, gostaria de dizer que há espaço para novos sentimentos e engajamentos para a juventude contemporânea. Nessa lógica absurda do consumo, as informações também são um produto, nesse caso, produto que forma ou deforma a forma de pensar. Queremos formar jovens informados e atentos à causa indígena, além de pretendermos deformar os preconceitos e indiferenças para com a multiplicidade cultural da nossa matriz indígena. Por que entendemos que a maturidade não é uma idade madura, mas ter atitudes maduras e conscientes.

   Nós acreditamos que essa geração de jovens lideranças indígenas estarão sempre mais conectados, mais online, mais dedicados ao universo das informações, mas nem por isso vão deixar de ter atitude de cacique. Ter essa atitude significa sempre pensar no coletivo e refletir sobre as melhores formas de viver constantemente. Tenha atitude de cacique nos seus dias, certamente isso vai fazer muito bem a todos que convivem com você.

Bom dia!

Equipe Cacique Blog
Autor do texto: Diego Seguro (Kwarahy)



    

terça-feira, 26 de junho de 2012

Design e Criatividade, mas os guerreiros acertavam de verdade!


Grito de Sobrevivência

Design: Uma forma de militância. Por: Diego Seguro

   Rafael Rosas divulga que nascem mais homens no país, mas as mulheres vivem mais e têm expectativa de vida ainda maior. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 1980 a esperança de vida das mulheres era de 65,75 anos e em 2009 passou para 77,01 anos. Os homens viram sua expectativa de vida avançar de 59,66 anos para 69,42 anos no mesmo período.

   A expectativa de vida do brasileiro, passa de 62,57 anos em 1980 para 73,17 anos em 2009, o equivalente a 73 anos, dois meses e um dia. Se nesse período de 73 anos se cada brasileiro tirasse um dia para conhecer melhor seu brasil, sobre sua cultura nativa certamente perceberiam que índio existe em todas as partes dessa terra e que muitos lutam desesperadamente para manter sua cultura, em meio a tanto conflito com os governantes do nosso país. A mídia, só mostra o lado bonito e exótico do índio,  se os mesmo mostrassem a nossa realidade e lutacem pelo mesmo ideal, que é manter a nossa cultura valorizando o nosso espaço, isso independe se ainda estamos em nossas reservas ou misturados com os não-índios. A sociedade brasileira precisa se reeducar quanto a história real do nosso povo, um das pautas é que nem sempre o índio vai ter cabelo liso e o olho puxado é necessário que haja conscientização e muitos parentes tem feito isso junto com os não-índios que se comovem com a nossa luta e estudam sobre nossa cultura diariamente,mas sabemos que a força maior ainda não conseguimos alcançar, OS GOVERNANTES do nosso país. Pensam eles que não somos capazes de nos governar,e nunca nos dão o luxo de decidir o que queremos e como queremos viver. Fomos exterminados, perdemos praticamente todas as nossas terras e muitos vão sendo extintos pelo simples fato que o brasil precisa melhorar e tem melhorado, mas não para nós, não sabem eles que o país vem crescendo e sendo reconhecido as nossas custas, as nossas vidas, estamos morrendo...



   Não existem números precisos sobre a população existente à época da chegada dos europeus, apenas estimativas. As referentes à população indígena do território brasileiro em 1500 variam entre 1 e 10 milhões de habitantes.
   
   Estima-se que só na bacia amazônica existissem 5.600.000 habitantes. Também em termos estimativos, os linguistas têm aceito que cerca de 1.300 línguas diferentes eram faladas pelas muitas sociedades indígenas então existentes no território que corresponde aos atuais limites do Brasil.

   Hoje, no Brasil, vivem 817 mil índios, cerca de 0,4% da população brasileira, segundo dados do Censo 2010.Estamos distribuídos entre 688 Terras Indígenas e algumas áreas urbanas. Há também 82 referências de grupos indígenas não-contatados, das quais 32 foram confirmadas. Existem ainda grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista.

   Alguns povos indígenas, desde a época do Descobrimento, mantiveram-se afastados de todas as transformações ocorridas no País. Eles mantêm as tradições culturais de seus antepassados e sobrevivem da caça, pesca, coleta e agricultura incipiente, isolados do convívio com a sociedade nacional e com outros grupos indígenas.Esses isolados defendem com muita braveza seu território e, quando não podem mais sustentar o enfrentamento com os invasores de seus domínios, recuam para regiões mais distantes, na esperança de lograrem sobreviver escondendo-se para sempre.Pouca ou nenhuma informação se tem sobre eles e, por isso, sua língua é desconhecida. Entretanto, sabe-se que alguns fatores são fundamentais para possibilitar a existência futura desses povos. Entre eles, seria a demarcação correta das terras onde vivem,pois tais mereciam ser respeitados pelomenos  para viverem dignamente sem que temam a invasão de suas terras de forma a garantir sua sobrevivência física e cultural.

   A Funai atua na proteção e identificação de índios isolados por meio da sua Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) e de 12 Frentes de Proteção Etnoambiental, que estão localizadas nos estados do Mato Grosso (2), Maranhão (1), Pará (2), Amazonas (3), Acre (1), Rondônia (2), e Roraima (1).



Equipe Cacique Blog
Autor(a) do texto: Zahy Guajajara